domingo, 24 de agosto de 2014

MinC trabalha integração de acervos digitais públicos


O Ministério da Cultura (MinC) está desenvolvendo um projeto para integrar coleções digitais de arquivos, bibliotecas e museus brasileiros. O objetivo é facilitar e ampliar o acesso da população a documentos em diversos formatos, como textual, iconográfico, áudio e vídeo. A Secretaria de Políticas Culturais trabalha atualmente na definição de padrões e protocolos para que seja possível acessar, de uma única vez, informações sobre temas específicos em diferentes acervos digitais públicos.

"Hoje, caso alguém queira fazer uma pesquisa, precisa acessar cada acervo separadamente. Com a interoperabilidade dos sistemas, será possível criar ambientes em que uma pessoa que esteja, por exemplo, pesquisando sobre maracatu tenha acesso, ao mesmo tempo, a filmes sobre o tema armazenados pela Cinemateca Nacional, a livros do acervo da Biblioteca Nacional e a músicas guardadas pela Funarte (Fundação Nacional das Artes)", explica o coordenador-geral de Cultura Digital do MinC, José Murilo Carvalho Junior. "Outro fato interessante é que esse conteúdo armazenado nos diversos acervos também poderá ser acessado por meio de aplicativos desenvolvidos por terceiros para diferentes tipos de mídias, como computadores, celulares e tablets", completa.

José Murilo destaca que a implantação de uma plataforma digital pública que disponibilize, de forma aberta (open data), dados organizados relativos à cultura brasileira permitirá mais transparência na governança e na promoção do acesso à cultura; apoio ao desenvolvimento de aplicações e serviços inovadores; e novas oportunidades de negócios e empregos. "É um arranjo que busca pôr em prática a visão do governo como plataforma para a ação colaborativa da sociedade", observa.

O edital "Preservação e acesso aos bens do patrimônio afro-brasileiro", lançado em dezembro de 2013 pelo MinC em parceria com a Fundação Palmares, a Universidade Federal de Pernambuco e a Fundação Joaquim Nabuco, vem sendo a ferramenta utilizada para levantar subsídios e articular estratégias interinstitucionais para a integração dos acervos públicos. "Escolhemos esse recorte temático (história e cultura afro-brasileira) para delimitar o escopo do trabalho e ser possível integrar todos os projetos selecionados pelo edital. Estamos formando expertise nacional que permita a interoperabilidade entre os diferentes acervos e fomentando aplicações que promovam o compartilhamento de recursos, especialmente os de infraestrutura tecnológica, para assegurar a preservação, a manutenção e o acesso livre e permanente aos ativos digitais gerados neste concurso e, futuramente, aos demais acervos digitais do país", explica.

Por meio desse trabalho, o MinC está gerando subsídios para a criação de uma futura política nacional para coleções digitais que envolva a digitalização e a disponibilização de acervos arquivísticos, bibliográficos, documentais e museológicos referentes ao patrimônio cultural, histórico, educacional e artístico brasileiros. "A digitalização de acervos representa um grande desafio para os gestores públicos. São necessários recursos significativos em infraestrutura tecnológica e também na formação e manutenção de recursos humanos especializados nas diversas etapas que envolvem a digitalização, a catalogação e a publicação de conteúdos digitais. Para trabalharmos tudo isso de forma ordenada, é importantíssimo que haja uma política de Estado específica para o tema", considera José Murilo.

O trabalho que vem sendo desenvolvido no país tem como referência experiências bem-sucedidas nos Estados Unidos e na Europa. No âmbito do diálogo setorial Brasil-União Europeia em políticas culturais, servidores do MinC visitaram a Biblioteca Digital Europeana, em Haia, na Holanda, considerada referência mundial em oferta de informações ao público por meio de plataforma digital, e o JISC, em Londres, entidade especializada em informações e tecnologias digitais para educação e pesquisa, entre outras instituições. Também vem sendo levada em conta a experiência da Biblioteca Digital Pública Americana, criada em 2013.

"Tivemos a oportunidade de conhecer de perto o que há de mais moderno em cultura digital. A Europeana, por exemplo, reúne acervos de bibliotecas, arquivos e museus dos países membros da União Europeia em 27 línguas. Essas experiências vêm sendo bastante relevantes para o trabalho que estamos realizando aqui no Brasil", destaca José Murilo.

Acervo todo digitalizado até 2020

Meta do Plano Nacional de Cultura (PNC) prevê que, até 2020, estejam disponíveis na internet todas as obras audiovisuais da Cinemateca Brasileira e do Centro Técnico Audiovisual (CTAv); todo o acervo da Fundação Casa de Rui Barbosa; todos os inventários e ações de reconhecimento realizados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); todas as obras de autores brasileiros do acervo da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e todo o acervo iconográfico, sonoro e audiovisual do Centro de Documentação da Fundação Nacional das Artes (Cedoc/Funarte). Além disso, 100% das bibliotecas públicas e 70% dos museus e arquivos deverão disponibilizar informações sobre seus acervos no Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC).


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Administración de documentos y archivos: Textos Fundamentales

Clique na capa para acessar a publicação

En el seno de la Coordinadora de Asociaciones de Archiveros y Gestores de Documentos de España (CAA) fue presentado hace ya tres años el proyecto que hoy tienen ante ustedes. Este fue concebido como una herramienta con la que poner en práctica muchas de las finalidades de nuestra Coordinadora, pues sin duda alguna permite el impulso y el desarrollo de la profesión de archivero; potencia el estudio, la investigación y la implementación de metodologías de gestión de la información y de los documentos; fomenta la colaboración y la coordinación entre los técnicos que llevan a cabo su labor en los diferentes centros de archivo… Pero también deseábamos ofrecer un elemento de referencia, un hito que respondiera a nuestra tradición archivística, entendiendo “nuestra” como un concepto más amplio que el puramente ceñido al Estado español.

Ciertamente nos encontramos en un mundo cada vez más globalizado, lo que trae consigo una creciente tendencia a la normalización y la estandarización, cuya necesidad nadie pone en duda, pero en la que muchas veces aquellos autores de lengua castellana o portuguesa no encuentran el eco que debieran por la calidad de sus aportaciones.

Con estos Textos fundamentales no hemos querido suplantar la valía de otros manuales, algunos ya clásicos en la memoria de todos los profesionales españoles e iberoamericanos, y otros de más reciente aparición que están labrando el futuro de nuestra disciplina y de nuestra labor diaria. La CAA trata de aportar un elemento más en el que se ha potenciado la diversidad de aportaciones dentro de la coherencia que a la obra ha sabido dar su director científico, José Ramón Cruz Mundet.

Como presidente de la CAA quiero agradecer el apoyo y colaboración que durante años hemos recibido del Ministerio de Cultura de España, lo que posibilita que esta obra pueda ser de acceso gratuito y por tanto esperamos de gran difusión entre los ámbitos profesionales y universitarios. La valía de la misma la decidirán ustedes, los lectores, y el tiempo dirán si cumplimos nuestras expectativas, pero lo que si les puedo adelantar es que todos hemos realizado un importante esfuerzo para que así sea.

Valencia, febrero de 2011
Francisco José Sanchis Moreno

Presidente de la CAA

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Exposição Narradores da Maré

O Projeto “Narradores da Maré” aprovado pela Lei municipal de incentivo à cultura, Lei Rubem Braga e com apoio da Unimed-Vitória apresentará no Museu do Pescador, de 13 a 29 de Agosto de 2014, fotografias, estórias e narrativas e acontecimentos da vida cotidiana do bairro Ilha das Caieiras. O projeto foi idealizado pelo professor Soler Gonzalez no decorrer da elaboração da Tese de Doutorado em Educação, pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Ufes, intitulada, “EducaçãoAmbiental autopoiética com as práticas do bairro Ilha das Caieiras entre os manguezais e as escolas”.
No período de 25 a 29 de Agosto de 2014, o Projeto “Narradores da Maré” promoverá também atividades socioambientais e culturais na Ilha das Caieiras, envolvendo moradores e escolas locais, com foco na realização de Oficinas de Cinema de Animação, com o apoio do Instituto Marlin Azul (IMA), oportunizando aos estudantes, professores/as, pescadores, desfiadeiras e moradores locais, o conhecimento de algumas técnicas do Cinema de Animação que resultará na elaboração de roteiro para um curta-metragem.

O professor e coordenador do projeto, Soler Gonzalez, é vinculado ao Laboratório de Ensino e Aprendizagem em Geografia da Ufes (Leageo/Ufes) e ao Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental (Nipeea/Ufes). 
Contatos:
Prof. Soler Gonzalez solergonzalez2011@gmail.com 
Nipeea/Ufes (4009-7783) nipeea@gmail.com 
Leageo/Ufes (4009-2546) leageo@gmail.com

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Império Digital

Projeto de digitalização pretende deixar disponível todo o acervo do Museu Imperial

A antiga casa de verão de Dom Pedro II, o Museu Imperial da cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, possui mais de 200 mil documentos, gravuras, mapas e fotografias, além de uma biblioteca com mais de 50 mil volumes. Todo esse acervo histórico será digitalizado e disponibilizado na internet por meio da iniciativa do Projeto Dami, sigla para Digitalização do Acervo do Museu Imperial.

O projeto foi iniciado em 2010. Os recursos para o desenvolvimento do Dami são captados pela Sociedade de Amigos do Museu Imperial. “Em 2013, o Dami digitalizou todos os números do Jornal Ilustrado Don Quixote e da Revista Illustrada, com os traços de Angelo Agostini, além de iconografias relacionadas à história de Petrópolis e do Império e objetos, como moedas, medalhas, artesanato, cerâmicas”, diz Jean Coelho, administrador de produção desta iniciativa.

Segundo o diretor do Museu Imperial, Maurício Vicente, o Dami segue uma tendência mundial de disponibilização do acervo de museus e acesso à informação pela internet. “Percebendo essa demanda, o projeto  visa universalizar o acesso aos mais de 300 mil itens das coleções históricas e artísticas da instituição e, ao mesmo tempo, contribuir de forma efetiva para a preservação desses mesmos itens”.

O acervo é dividido em coleções que são selecionadas a cada ano para serem digitalizadas. Em 2014, o projeto está trabalhando com 13 delas. Não são apenas os documentos em papel que passam pelo processo, mas também os artefatos museológicos, como porcelanas europeias doadas ao museu. Nesses casos, os técnicos fotografam de vários ângulos e são feitas descrições detalhadas das peças. “Não é uma imagem em três dimensões do objeto, mas procuramos registrar cada detalhe e dar uma descrição de cada objeto para facilitar a consulta”, explica Coelho.

Além das porcelanas, livros raros do século XIX e as cartas de D. Pedro II para a condessa de Barral de Montferrat fazem parte das coleções que estão sendo digitalizadas ao longo deste ano. Uma edição do “Cozinheiro Imperial”, o primeiro livro de culinária publicado no Brasil, está entre os livros raros que passarão por esse processo. “O conteúdo do livro já foi publicado outras vezes, mas esta é a primeira vez que uma edição antiga será digitalizada e disponibilizada ao público”, afirma o administrador do projeto.


Tudo isso para ajudar ao máximo os pesquisadores que fazem uso do acervo do museu. Para Sérgio Abrahão, coordenador geral do Dami, o objetivo principal do projeto é democratizar o acesso à informação. “O museu tem apenas 4% do acervo disponibilizado fisicamente. Os outros 96% estão em reservas técnicas (guardados, mas fora de exposição). Então, há essa impossibilidade de disponibilizar tudo para os 350 mil visitantes que recebemos por ano. O Dami é importante porque facilita esse acesso para qualquer pessoa a qualquer hora”, completa o coordenador.

Fonte:
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/imperio-digital